O país está enfrentando uma das piores crises financeiras da história e os serviços públicos estão cada vez mais difíceis de serem mantidos. Por conta da turbulência econômica, os municípios pequenos são os principais atingidos, visto que a União a cada ano transfere novas responsabilidades às cidades, porém, sacrifica as finanças, repassando menos recursos.

Mas a prestação de contas não se resume apenas a mais gastos e menos dinheiro. O que preocupa, principalmente em tempos de crise, é o investimento na manutenção da cidade, que a cada ano fica mais caro, devido a ação de vândalos.

Segundo levantamento da administração, mais da metade das placas de sinalização instaladas há dois anos na cidade foram depredadas. A sinalização foi implantada através de convênio de R$ 120.000,00 do Governo do Estado. "Mais da metade das placas foram destruídas. É dinheiro dos nossos impostos indo para o ralo", destaca o prefeito Fábio Hidek Miura.  

Prédios públicos são alvos constantes de vândalos, como o Centro de Eventos, ao lado do CMEI Vovó Bárbara, que até hoje não foi inaugurado e a prefeitura já teve que fazer vários reparos no prédio, inclusive, trocar as louças instaladas nos banheiros, que foram destruídas e substituir portas e vidros das janelas, que foram depredados inúmeras vezes.

Hidek comenta que a destruição dos bens públicos tem prejudicado o desenvolvimento da cidade. "Quando usamos dinheiro para arrumar algo destruído, é certo que estaremos deixando de fazer novos investimentos na cidade. A população tem papel fundamental no desenvolvimento, pois só vamos crescer se todos tiverem respeito, compromisso e amor pelo município", opina.

No início da semana, outro ato de vandalismo foi registrado em uma obra que está em processo de conclusão: arrancaram o adesivo padronizado que revestia a porta da Academia de Saúde, obra que recebe recursos do Governo Federal. "Vamos ter que comprar - dessa vez com recursos do município - novos adesivos padrão, como requer o projeto, para então inaugurar a obra", lamenta a vice-prefeita Carla Emerenciano.

Como os municípios passam por período de escassez de recursos, a manutenção de bens públicos destruídos tem ficado para segundo plano. "Nesse momento o único remédio é conscientizar a nossa população de que é preciso cuidar do que é nosso. Quando se destrói um bem público, é o dinheiro da população que é perdido. Falta para outros setores. Peço que todos tenham consciência e que os pais conversem com seus filhos em casa. Vamos cuidar juntos da nossa São João", conclama o prefeito.   

Vale destacar que de acordo com o artigo 163, do Código Penal brasileiro, vandalismo é crime e o autor do delito fica sujeito a prisão e multa, por danos ao patrimônio público. A pena varia de seis meses a três anos de detenção, além das agravantes. Qualquer testemunha pode oferecer denúncia à polícia, mesmo que anonimamente. Colabore, denuncie!